Escusam as estruturas locais do Partido Socialista, bem como as clássicas figuras que se consideram tutelares, de tentar colher os louros pela histórica vitória, nas eleições do passado domingo, na Guarda e no distrito: só há uma pessoa a quem se deve, verdadeiramente, um resultado que existiria sempre, fosse qual fosse o sentido da contagem dos votos a nível nacional. Trata-se da cabeça de lista, Ana Mendes Godinho, que o diretor da Escola Profissional da Guarda, João Raimundo, considera que é a «grande vencedora» das legislativas antecipadas. E o facto de este ter sido o círculo eleitoral onde o PS mais cresceu em relação a 2019 só confirma a leitura que faz dos resultados: a deputada eleita e ministra do Trabalho, Solidariedade de Segurança Social triunfou em toda a linha. Uma «enorme responsabilidade» para outros poderes e intervenientes, que têm agora de mostrar-se à altura do caminho que Ana Mendes Godinho desbravou – e que dá, à Guarda, todas as condições para recuperar a influência, a voz e a capitalidade regional que tem vindo a perder nas últimas duas décadas.