A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, afirmou aos quase 450 alunos da Escola Profissional da Guarda que «conto convosco para que a Guarda seja cada vez mais uma cidade de talento, uma cidade de inovação, uma cidade de educação e, acima de tudo, uma cidade que cria solidariedade e uma sociedade mais justa e com uma maior igualdade de oportunidades».
A governante, que tutela as áreas do emprego, da formação profissional e da qualificação, presidiu à abertura do ano letivo, no passado dia 16, numa cerimónia que marcou também os 15 anos de funcionamento daquela que é hoje a escola com melhor classificação a nível nacional entre os estabelecimentos similares com mais de 100 alunos finalistas e a 12ª no ranking geral das escolas profissionais, num total de mais de seiscentas.
«O país precisa muitíssimo de vós. E tudo faremos para estar à altura das vossas necessidades, dos vossos sonhos, das vossas ambições. Sendo certo que nunca se esqueçam que o poder está mesmo na mão de cada um, está na cabeça de cada um e não há impossíveis quando nós acreditamos que mandamos na nossa vida», desafiou Ana Mendes Godinho.
«Vejo muitas jovens, muitas mulheres aqui na plateia, vejo muitos homens, aqui na plateia. E acreditem, se olharmos para a História, percebemos que parecia impossível que as mulheres entrassem no mercado de trabalho. Hoje em dia não só é possível como é essencial, porque sem as mulheres no mercado de trabalho ninguém tem futuro», afirmou.
A também deputada na Assembleia Municipal da Guarda e representante eleita pelo distrito nas últimas eleições para a Assembleia da República referiu que aceitou o convite para estar presente nesta cerimónia porque quis assinalar, também, «o que é um dia de agradecimento pelo vosso trabalho e pela capacidade que a Escola Profissional tem tido para posicionar a Guarda como um espaço de ensino profissional completamente de referência e de excelência», que disse ser «um exemplo».
Agradeceu igualmente «a capacidade que têm tido de serem transformadores da vida de tantos alunos que por aqui têm passado», testemunhando que «tenho conhecido, nesta minha ligação e paixão e pelas vezes que procuro aqui estar o mais que posso, muitas pessoas cuja vida passou por aqui».
A ministra referiu, ainda, que a Guarda só terá futuro se os jovens que a escutavam acreditarem «que faz sentido» ficar. «E fazer sentido aqui ficar, quer dizer que nós precisamos desesperadamente de vós para tomarem conta de nós. Para criarem riqueza, para fazerem daqui a vossa vida. Temos um projeto conjunto do Porto Seco que pode ser completamente transformador do território, mas precisa de gente», observou. «Se não tivermos gente para levar o Porto Seco a porto seguro, isso também não acontece. Portanto, nós precisamos de vós. E precisamos também de vós para garantir que Portugal é um país que tem futuro e é um país para viver e para trabalhar».
Por isso, «a escola é um espaço de sonho», sublinhou. «Um espaço de concretização daquilo que nós imaginamos que tem de ser um mundo melhor». E isso, garantiu, «está mesmo nas nossas mãos, não é utopia».
Ana Mendes Godinho deixou ainda uma mensagem aos alunos: «Não há fados inevitáveis. Somos nós que comandamos as nossas vidas. Tenham isso sempre presente na vossa mente».