Este podcast foi produzido com Inteligência Artificial generativa, com supervisão, verificação de factos e validação final do conteúdo pelo responsável editorial do “Futuro da Guarda”.
Francisco Robalo é presidente da comissão política concelhia da Juventude Social-Democrata há dois anos. Esta tem sido praticamente a única estrutura partidária das Guarda com intervenção pública permanente, por vezes de um modo ousado ou disruptivo, mesmo que tal implique a crítica frontal ao PSD, como aconteceu quando o grupo parlamentar votou contra a proposta de eliminação das portagens nas autoestradas do Interior, que acabou aprovada na Assembleia da República e entrou em vigor no primeiro dia do corrente ano. «Pior do que a disciplina de voto, é a disciplina de pensamento», foi como a JSD da Guarda sintetizou o comportamento dos deputados que, embora eleitos por regiões afetadas, seguiram obedientemente as orientações do partido.
Mas o jovem de 25 anos, formado em direito e a iniciar carreira profissional no notariado, acaba de anunciar que não vai candidatar-se a um novo mandato, justificando que não está em condições de cumprir «uma comunhão de valores, cooperação e compromisso» com as restante estruturas do PSD. Ou seja: não se revê na prática política de um partido que no plano local não pugna «por qualquer projeto que não seja o das ambições pessoais», deixando os interesses da Guarda para trás.
Esta tomada de posição tornou-se no grande facto político do início de 2025, no plano local, tendo gerado manifestações de apoio de vários quadrantes, onde se incluem aqueles que podem sentir um certo alívio, porque o enfant terrible pode estar de saída, deixando de exercer o escrutínio crítico em que se destacou, também, na Assembleia Municipal. Só que não.
Nesta entrevista, Francisco Robalo garante que mantém intacta a vontade de participar ativamente na vida cívica e política da Guarda. E faz um detalhado diagnóstico do que classifica como «apatia» e «ausência de debate».
Ao mesmo tempo, alerta os partidos com maior responsabilidade (o PSD, onde milita, mas também o PS), para o dever de apresentarem candidaturas autárquicas que rompam com esta situação. Candidatos a presidente da Câmara e não candidatos a vereadores da oposição. A Guarda precisa de uma liderança «reconhecida, motivadora e com competência a toda a prova». Alguém com espírito «de missão de verdadeiro serviço público» em quem «as pessoas acreditem e confiem».