Couto dos Santos: o ministro que via na Guarda «o modelo para o ensino superior politécnico em Portugal» e não ligava a «tricas e guerrilhas»

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Natural de Esposende, António Couto dos Santos estudou em Lisboa, onde se licenciou em engenharia química no Instituto Superior Técnico. Foi secretário de Estado da Juventude e ministro da mesma pasta, Adjunto do primeiro-ministro, dos Assuntos Parlamentares e da Educação. Foi nestas últimas funções governativas, em 1992 e 1993, que declarou ter visto no Instituto Politécnico da Guarda «o modelo para o ensino superior politécnico em Portugal». Tornou-se um público defensor do trabalho realizado pelo então presidente da comissão instaladora da instituição, João Raimundo, apesar «das tricas e guerrilhas» que considerava «espantosas numa terra tão pequena». Anos antes, em 1986, foi o responsável pela criação do Cartão Jovem, juntamente com a então secretária de Estado do Ensino Básico e Secundário, Marília Raimundo. Alguém que Couto dos Santos afirmava ter enfrentado «dois fatores negativos» para quem se lançava na vida política nacional: «ser mulher e ser da Guarda». O «eixo Lisboa-Cascais olhava com desconfiança todos os que vinham de fora». Ele próprio, um homem do Norte, dizia ter sentido esse preconceito.

Na semana em que António Couto dos Santos morreu aos 75 anos de idade, recuperamos uma entrevista exclusiva que concedeu em 2017. Um documento que integra um vasto conjunto de conversas com personalidades da vida política, social e judicial, que é parte da pesquisa para a escrita do livro “Recomeços” (Âncora Editora, Lisboa, 2022).