«É agora ou nunca»: as oportunidades para o futuro da Guarda, segundo um guardense com mundo

É agora ou nunca: a Guarda tem uma oportunidade de mudança, de afirmação e de distinção no mapa nacional, se souber posicionar-se na transformação que vai necessariamente acontecer após uma crise profunda, motivada por um problema de saúde pública.

Joaquim Marques é diretor de operações na área financeira, para toda a Europa, de uma grande multinacional do setor automóvel, mas nunca deixou de ser um guardense interessado em que tudo corra pelo melhor na cidade onde nasceu e onde tem família e amigos.

Numa conversa com o “Futuro da Guarda”, o economista e gestor considera que o lado bom do tempo que atravessamos pode ser favorável ao desenvolvimento de uma pequena cidade do Interior.

Mais do que nunca, este é um território de oportunidades, afirma. Aliás, para alguém que passa grande parte do ano a percorrer o mundo, um país como Portugal torna-se do tamanho daquilo que se vê de longe: uma estreita faixa, dentro da qual as assimetrias entre o litoral e o interior não deviam existir.

Quanto à Guarda, considera que viveu um tempo de prosperidade, até há cerca de duas décadas, quando havia uma forte componente industrial e, por outro lado, o Instituto Politécnico estava a afirmar-se como um case study a nível nacional. O aumento populacional de mais de seis mil pessoas entre 1991 e 2001 foi disso reflexo.

A seguir a cidade entrou como que num downsizing, que diz ser este o momento de inverter.

Há cinco vetores que Joaquim Marques elenca como essenciais para que, tal como aconteceu noutras cidades de pequena e média dimensão, a Guarda possa afirmar-se e atrair mão de obra qualificada.