Dizem que a Variante da Sequeira já tem kick off. Mas há seis anos foi show off?

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A Câmara Municipal da Guarda anunciou que se realizou kick off dos projetos de execução das variantes da Sequeira e dos Galegos. A reunião terá ocorrido a 22 de julho na sede da empresa Infraestruturas de Portugal (IP), mas a revelação aconteceu duas semanas depois, numa breve publicação nas redes sociais do município.

Este anúncio surge seis anos após uma sessão pública na Câmara, a 16 de julho de 2018, com a presença do então presidente da IP, onde foi assinado um acordo para uma profunda alteração da rede viária nas zonas da estação e da Sequeira.

O plano então tornando público previa a construção de um viaduto sobre as linhas ferroviárias da Beira Alta e da Beira Baixa, por onde passaria a nova variante da Sequeira, que ligaria a VICEG (na rotunda do Bairro do Pinheiro) à zona da Quinta das Bertas.

Mas todas as artérias envolventes da estação (avenidas de São Miguel e João de Ruão, ruas da Corredora e da Treija e largos Primeiro de Maio e do Rosmaninhal) iam também ser alargadas ou requalificadas, com a construção de cinco rotundas: no Largo Primeiro de Maio (junto à atual ponte sobre o caminho de ferro); no cruzamento da Avenida de São Miguel para a Sequeira; no cruzamento da Rua da Treija com a antiga estrada da estação para a Sequeira e no acesso ao Bairro Senhora de Fátima.

Cinco milhões de euros era o investimento previsto. E o projeto de execução da Variante da Sequeira já se encontrava a ser elaborado – pelo que a previsão era a de que houvesse obras no terreno no último trimestre de 2019.

Finalmente – a concretizar-se a obra – o trânsito entre a zona da Sequeira e o centro da cidade deixaria de afunilar na ponte construída no início do século XX, que continua a ser a única ligação por rede viária principal.

O Plano Estratégico da Cidade da Guarda, elaborado entre 1994 e 1995 (no último mandato de Abílio Curto, tal como o Plano Diretor Municipal ainda em vigor), previa a via de cintura externa (VICEG), mas privilegiava a reorganização da malha urbana que ficava dentro do perímetro.

Esta variante não era mencionada. Antecipava-se, porventura, que as futuras autoestradas servissem de radial rodoviária às zonas de expansão a nascente da cidade, incluindo a Sequeira.

A Variante da Sequeira entraria no léxico eleitoral das campanhas autárquicas a partir de 2005. Nas eleições de 2021 a candidatura que saiu vencedora prometia uma “nova cidade” em 2024, nos 50 anos de Abril, sendo esta uma das obras «para concluir em dois anos».

Mas só agora chegou o kick off. Terá sido a sessão de 2018 apenas show off?

É esse registo de memória sonora que pode ouvir no podcast.